quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Pinto da Costa processa José Diogo Quintela

Pinto da Costa anunciou a intenção de interpor uma acção judicial contra José Diogo Quintela, na sequência de um artigo publicado no jornal "A Bola", no dia 3 de Janeiro, intitulado "Previsões para 2010"




"Previsões para 2010"

Não há nada melhor para começar o ano do que uma crónica com previsões sobre 2010. Principalmente para mim, que ainda estou um bocadinho ressacado e preciso de escrever algo que não puxe muito pela cabeça. Daí estas previsões: é impossível haver alguma coisa mais fácil de adivinhar do que o previsível futebol português. O leitor não acredita? Então veja.



9 DE JANEIRO

O Correio da Manhã publica uma escuta entre Pinto da Costa e um árbitro. A transcrição contém, entre outras coisas, o seguinte excerto:



Pinto da Costa - Combinamos então que o sr. árbitro vai beneficiar o meu FC do Porto, a troco de 2500 euros.

Árbitro - Portanto, o sr. Pinto da Costa dá-me 2500 euros...

Pinto da Costa - Certo.

Árbitro - ... e eu ajudo o FC do Porto a ganhar o jogo da semana que vem...

Pinto da Costa - É isso.

Árbitro - Recapitulando: vai corromper-me por 2500 euros?

Pinto da Costa - Correcto.

Árbitro - É mesmo corrupção?

Pinto da Costa - Daquela mesmo corrupta.

Árbitro - Fica então combinado, sr. corruptor.

Pinto da Costa - Obrigado, sr. corrompido.



10 DE JANEIRO

O Público e o DN publicam as escutas incriminatórias.



13 DE JANEIRO

Os jornais desportivos referem brevemente as alegadas escutas entre o alegado Pinto da Costa e um alegado árbitro.



23 DE JANEIRO

Comentadores afectos ao FC do Porto dizem que só por maldade é que se pode afirmar que a escuta em que Pinto da Costa oferece dinheiro a um árbitro para ajudar o Porto é uma prova de que Pinto da Costa ofereceu dinheiro a um árbitro para ajudar o Porto. Avançam a hipótese de «2500 euros» ser código para «cumprimentos para a família» e «beneficiar o Porto» código para «não fazer absolutamente nada a favor do Porto».



4 DE FEVEREIRO

O tribunal de Gondomar manda arquivar a escuta entre Pinto da Costa e o árbitro, com o argumento técnico-jurídico de que «não dá jeito nenhum ao Futebol Clube do Porto»

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