domingo, 11 de abril de 2010

Cadê Rochemback?



Uma das quase-unanimidades das críticas recentes sobre o Grêmio diziam respeito à ineficiência da dupla Ferdinando-Adílson na transição ofensiva. Ambos contribuem pouco com a articulação, erram passes e fazem uma passagem pouco efetiva. Faltava o apoio de um volante aos meias gremistas. Faltava.

Willian Magrão acresce muita qualidade ao 4-4-2 de Silas no Grêmio. Utilizado na segunda função, mais à esquerda, ele soma-se a Maylson e Douglas em um trio de características diversificadas. Cada um deles oferece à equipe uma qualidade importante. Combinadas, elas proporcionam pequenas variações táticas.

De início, o Grêmio parte do 4-4-2 com meio-campo quase em quadrado. São dois volantes centralizados, guarnecendo dois meias pouco mais abertos pelos lados. Com a posse de bola, entretanto, este desenho se desfaz conforme a movimentação característica de cada um.

Maylson às vezes recua por dentro, empurrando o primeiro volante para a frente da linha defensiva, e liberando Willian Magrão na passagem pela esquerda. Movimento sincronizado que leva Douglas para o centro da articulação. Quase um losango. Os dois meias podem avançar pelos lados, com Magrão para a segunda bola por dentro, ou então o segundo volante passa lateralmente, já que Douglas gosta de centralizar a organização da equipe. Sempre protegidos pelo volante que se posiciona - pode ser Adílson ou Ferdinando. Inúmeras variações, reproduzidas no diagrama tático que ilustra o post.

Por enquanto, Silas resiste em definir a titularidade de Willian Magrão. Porém, parece-me inevitável entregar ao volante a camisa 8 do Grêmio. Ele é o melhor apoiador do elenco. Independentemente se à frente terá Douglas e Maylson, Douglas e Leandro, Douglas e Hugo, Douglas e Souza, ou qualquer outra parceria, Willian Magrão tem inteligência e qualidade suficientes para se adaptar e agregar valor à transição ofensiva tricolor.

in http://wp.clicrbs.com.br/prelecao/?topo=77,1,1

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